Destruído

Victor Carvalho
3 min readJun 15, 2024

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Conto

Você realmente me fez querer mais de ti, me fez viajar o mundo contigo em passagens de meu livro mal descrito. Em nuvens formadas por cristais você veio, mostrando o seu brilho falso. Algo novo, uma grande descoberta. Mas a maior riqueza roubada de minhas terras teria sido meu coração. Você se fez praga e fodeu com tudo.

Meu livro, palavra por palavra, foi reescrito. Minha mente se tornou um turbilhão, e suas palavras me enfeitiçaram. Eu pensava estar morrendo pelos seus pecados, mas a todo momento eram suas mãos me atravessando. Eu poderia estar em outro plano agora, mas que se dane, nada mais faria diferença.

Por momentos, pude parar em meio aos tornados, encarando o céu. Implorei perdão a outro alguém, implorando a sua fuga da punição. E claro, em outras vidas talvez eu seria seu senhor sorriso.

Você foi o caos, você foi a perdição. Notei os indícios, mas ainda assim fiquei. Eu sabia de sua loucura, mas nada importava; eu apenas queria você. Aquele amor era novo, era o raiar mais brilhante, me fazendo acreditar em paraísos emocionantes. E hoje estou destruído. Aquele minuto de glória antes da perdição, gritando “foda-se, eu o amava”. Hoje estou destruído, mostrando a todos o meu homem, mas foi ele quem tudo destruiu.

Um claro negociador, que vende ao tolo uma bela impressão, levando a falsidade aos cantos mais puros que existem em alguém, destruído.

Fui posto para baixo, minha cabeça empurrada contra minha vontade, em direção ao meu próprio sangue. Pude sentir o gosto amargo de meu passado. Eu era feliz, mas agora, destruído, choro enquanto encaro suas fotos. Foda-se que não pude tê-lo, eu morreria por um dos lados a qualquer momento.

Alguém, em algum momento de sua história, lhe ensinou um amor falho. E quem levou o peso do erro foi o justo por seus sentimentos maltratados. E mesmo assim, foi posto contra a parede, sentindo a dor passada entre pessoas desconhecidas. Que destruição mais injusta ao velho eu.

E em meio a cada encontro, tudo nele me aproximava do sorrir ao despir da alegria que meu coração passava. O calor daquele peito era conforto, um conforto perigoso que destruiu a minha vida.

Poesia

Você me fez querer mais de ti, viajar o mundo ao teu lado,
Em passagens de um livro mal descrito, encanto aprisionado.
Nuvens de cristais, teu brilho falso a mostrar,
Uma descoberta nova, mas teu roubo foi de meu amar.

Você se fez praga, fodeu com tudo ao redor,
Meu livro reescrito, mente em turbilhão, palavras a enfeitiçar.
Pensei morrer por teus pecados, mas eram tuas mãos a me atravessar,
Eu poderia estar em outro plano, mas que se dane, nada mais faria diferença a encarar.

Por momentos, parei em meio aos tornados, céu a contemplar,
Implorei perdão a outro alguém, tua fuga da punição a clamar.
Em outras vidas, talvez eu fosse teu senhor sorriso,
Mas você foi o caos, a perdição, amor insensato e conciso.

Notei os indícios, mas ainda assim fiquei,
Sabia de tua loucura, mas nada importava; eu só te queria, entreguei.
Aquele amor era novo, o raiar mais brilhante,
Acreditei em paraísos emocionantes, mas estou destruído, em um instante.

Um minuto de glória antes da perdição, gritando “foda-se, eu o amava”,
Hoje estou destruído, mostrando a todos o homem que tudo devastava.
Um claro negociador, vendendo belas impressões,
Levando falsidade aos cantos puros, destruindo emoções.

Fui posto para baixo, cabeça empurrada contra a vontade,
Sentindo o gosto amargo de um passado, felicidade transformada em saudade.
Eu era feliz, mas agora destruído, choro ao encarar suas fotos,
Foda-se que não pude tê-lo, eu morreria a qualquer momento, em qualquer rota.

Alguém, em tua história, te ensinou um amor falho,
E quem levou o peso do erro foi o justo, sentimentos maltratados a carvalho.
Colocado contra a parede, dor passada entre desconhecidos,
Uma destruição injusta ao velho eu, sofrimentos reprimidos.

Em cada encontro, tudo nele me aproximava do sorrir,
Despir da alegria, o calor daquele peito a me conduzir.
Um conforto perigoso que destruiu minha vida,
Mas ainda, na dor, resta a memória sofrida.

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